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 Estiveram presentes Cláudio e Henrique Antipoff, netos de Helena Antipoff

Documentário que narra a vida e obra de Helena Antipoff é exibido em sessão especial na ALMG

Publicado em: 
10/05/2019
Última modificação: 
20/05/2019

Foi realizada na última quarta-feira (08/05) no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais o pré-lançamento do documentário “Entre Mundos” que narra em detalhes a vida e obra de Helena Antipoff. A sessão foi promovida com entrada gratuita pela Fundação Helena Antipoff e contou com a presença de deputados (as) estaduais, ex-alunas, companheiras de trabalho e familiares de Helena, populares e servidores de ambas Instituições.

O longa-metragem aborda a vida e obra da educadora russa que, entre outras realizações, fundou a Sociedade Pestalozzi do Brasil e mantém seu legado vivo por meio da Fundação que leva seu nome. O documentário foi dirigido por Guilherme Reis e idealizado e patrocinado pela Fundação Helena Antipoff com a coprodução das produtoras Postura Digital e da Tessitura Cultural.

Entre Mundos narra a história dessa mulher à frente de seu tempo que foi pioneira na introdução da educação especial no país. O mesmo transita entre passado e presente para narrar uma trajetória de vida que se desenvolve paralelamente à evolução da fotografia e das técnicas audiovisuais. O documentário intercala tomadas contemporâneas e imagens de arquivo, de vários momentos do século XX, com diferentes suportes de captação, que vão de filme 16 mm ao VHS, situando o espectador sobre o tempo do qual se fala em cada etapa do filme. A não interferência nas imagens de arquivo tem a intenção de criar uma atmosfera histórica e cultural para a obra, que circula por "mundos" e "tempos" diversos.

Para narrar os feitos de Helena Antipoff na educação do Brasil, o documentário percorre os caminhos da educadora desde a origem aristocrática e a formação inicial num importante centro político e cultural do império czarista - São Petersburgo - até o reconhecimento público e a construção do seu legado no Brasil, passando pela formação em Psicologia da Educação na França e em Genebra e o trabalho de pesquisa sob a tutela de Édouard Claparède no Instituto Jean-Jaques Rousseau; a volta à Rússia em busca do pai ferido na Revolução de 1917; o casamento com Victor Iretzky e a maternidade; a experiência no exílio; a vinda para o Brasil; a pesquisa na formação de educadores; a vivência em Ibirité e a criação de instituições em defesa de pessoas socialmente excluídas.

O reconhecimento público e o legado da mestra russa ao Brasil são visitados por meio de depoimentos de pessoas que conviveram com ela no país e de pesquisadores e historiadores do Brasil, Rússia, Suíça, França e Espanha. Materiais de arquivos como fotos, filmes e diários de alunos de Dona Helena - como era carinhosamente chamada em Minas Gerais - reavivam a memória das obras dela na vida de milhares de pessoas ao longo dos seus 45 anos de dedicação no Brasil.

 

“A ação sem a ciência é mera agitação.” (Helena Antipoff, 1892-1974)

 

Foto do topo:  Cláudio e Henrique Antipoff, netos de Helena Antipoff.